- A vertente modernizadora caracterizada pela incorporação de abordagens funcionalistas, estruturalistas e mais tarde sistêmicas (matriz positivista), voltadas a uma modernização conservadora e melhoria do sitema pela mediação do desenvolvimento social e do enfrentamento da marginalidade e da pobreza na perspectiva de integração da sociedade. (…) Configuram um projeto renovador tecnocrático fundado na busca da eficácia e eficiência para nortear a produção do conhecimento e a intervenção profissional;
- A fenomenologia, que emerge como metodologia dialógica, que, apropriando-se da visão de pessoa e comunidade, dirige-se ao vivido humano, aos sujeitos em suas vivências, atribuindo o Serviço Social com a tarefa de auxiliar a abertura desse sujeito existente, singular em relação aos outros e ao mundo de pessoas. Valoriza o diálogo e a transformação das pessoas, sendo analisada por José Paulo Netto como uma reatualização do conservadorismo inicial da profissão;
- A vertente marxista que remete a profissão à consciência de sua inserção na sociedade de classes e que no Brasil vai configurar-se, em um primeiro momento, como uma aproximação ao marxismo sem o recurso ao pensamento de Marx.
É claro que a apropriação da Teoria
Social de Marx não se deu de forma unilateral e adialógica. Foi
resultado de imensos e desgastantes debates e disputas internas e
externas nos espaços de organização acadêmica e profissional do Serviço
Social. Internamente, a apropriação da vertente marxista teve várias
divergências também, quer pelas abordagens reducionistas dos marxismos
de manual, quer pelo cientificismo e formalismo metodológico
(estruturalista) presente no “marxismo” althusseriano ( referência ao
filosofo francês cuja leitura da obra de Marx vai influenciar a proposta
marxista do Serviço Social nos anos 60/70 e particularmente o Método
B.H), que segundo Yazbek, foi um “marxismo equivocado que recusou a via
institucional e as determinações sócio-históricas da profissão.
É com esse referencial que a profissão
questiona a sua prática institucional e seus objetivos de adaptação
social ao mesmo tempo que se aproxima dos Movimentos Sociais e das
organizações da classe trabalhadora. Tem-se o início da vertente comprometida com a ruptura com o Serviço Social tradicional e conservador.
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