Atendendo às novas
exigências, o Serviço Social na prática com o idoso, tem o desafio de
conscientizar a população do verdadeiro papel do idoso, garantindo o seu
lugar numa sociedade que passa por grandes mudanças que estão centradas
no avanço tecnológico, favorecendo a relação entre mercado e consumo, e
nessa lógica valoriza-se quem produz e consome.
A situação de ser
útil apenas pelo que produz na sociedade capitalista, influi diretamente
sobre a vida e personalidade da pessoa idosa, que passa a ter certas
condutas desviantes por se acharem improdutivos e acreditarem que sua
ação com os demais resulta somente da interação e de sua relação com a
natureza por intermédio do trabalho.
O desafio do
serviço social, diante da questão do idoso, que vive momentos de
exclusão social, é manter o diálogo entre as diferentes faixas etárias a
fim de despertar a sensibilidade por todas as pessoas que sofrem
diversas formas de discriminação, além de potencializar a pessoa idosa a
acreditar em si, como pessoa de direitos, isso os levará a redescobrir
sua verdadeira identidade, assumir-se como pessoa imprescindível a sua
produtividade social.
No entanto, o
Estado e a sociedade civil como um todo não fazem prevalecer pelo que
está estabelecido na Lei, cabendo ao Serviço Social, junto ao idoso e
seus familiares, trabalhar essa questão. Cabe ao Serviço Social, em sua
função educativa e política, trabalhar os direitos sociais do idoso,
resgatar sua dignidade, estimular consciência participativa do idoso
objetivando sua integração com as pessoas,
trabalhando o idoso na sua particularidade e singularidade, levando em
consideração que ele é parcela de uma totalidade que é complexa e
contraditória.
No que se refere à família e à sociedade, o Serviço
Social tem como tarefa essencial, tecer considerações e reflexões sobre a
questão do idoso, baseado numa visão transformadora e crítica,
despertando em ambas o cuidado e o respeito pela pessoa idosa. Isso nos
servirá como sinal de valorização do respeito pelo nosso próprio futuro,
pois haveremos de adquirir idade e inevitavelmente nos confrontaremos
com a velhice.
É interessante
observar que o Serviço Social reconhece o idoso como sujeito, cidadão,
vislumbrando o seu valor. Porém, a valorização do idoso não deve partir
somente do segmento que trabalha nessa área, mas, principalmente, do
eixo familiar, uma vez que é referência para o indivíduo.
O Serviço Social,
no trato com a família do idoso, deve orientá-los a respeitar a tomada
de decisão do idoso consciente, respeitando sua autonomia e liberdade
pessoal. No âmbito das políticas é preciso focar essa demanda atual
criando mecanismos eficazes no atendimento a população idosa. Lobato (in
Bravo) nos fala:
“Diante das
desigualdades sociais que ainda presenciamos em nosso país, que tem tido
crescimento acelerado da população idosa, precisamos unir esforços com
outros profissionais que tenham compromisso com a causa do idoso, no
desenvolvimento de programas e projetos que busquem garantir melhores
condições de vida e dignidade na velhice. Precisamos romper com a ideia
que ter envelhecimento saudável é apenas uma questão de mudança de
hábitos, o que descaracteriza o papel das políticas públicas para
idosos, ainda pouco implementadas em nosso país”. (p.147).
Concluímos que para a auto valorização do idoso, na concepção de Homem-Mundo, o assistente social necessita obter uma ampla visão da totalidade, buscando atuar de forma criativa e propositiva na realidade social, com o intuito de modificar e transformar a realidade do idoso, o vendo como sujeito de direitos e o valorizando na sociedade, procurando por intermédio de ações interventivas superar as formas de isolamento e exclusão social.
Concluímos que para a auto valorização do idoso, na concepção de Homem-Mundo, o assistente social necessita obter uma ampla visão da totalidade, buscando atuar de forma criativa e propositiva na realidade social, com o intuito de modificar e transformar a realidade do idoso, o vendo como sujeito de direitos e o valorizando na sociedade, procurando por intermédio de ações interventivas superar as formas de isolamento e exclusão social.
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