A
cidadania e a democracia são conceitos de liberdade e direitos que caminham
juntos, com o propósito de tornar melhor à sociedade em que se vive. Isso em
uma concepção alimentada pelo sistema vigente, a fim de incutir essa ilusão na
consciência do senso comum, tornando-os cada vez mais alienados e crentes em
uma cidadania que de fato não existe em dimensões sociais, mas apenas em
instâncias jurídicas e políticas. Sendo assim, antes um instrumento de opressão
que uma promessa de liberdade.
A
cidadania promovida e defendida por uma sociedade politicamente emancipada
limita à liberdade da vida humana, nesta ser “cidadão” não é ser-lo
verdadeiramente, mas apenas aparentemente no campo das leis.
Em
uma sociedade movida pelo capital, gestada por contradições, a efetivação de
uma cidadania seria no mínimo incoerente, bem como o seu próprio conceito. Logo
segundo Marx, a cidadania não deve ser reinventada, ou aperfeiçoada, mas sim
superada, dando lugar a uma nova forma de sociabilidade, onde os homens seriam
efetivamente livres, o trabalho assalariado seria substituído pelo trabalho
associado, no qual o homem tem o domínio sobre seus instrumentos de trabalho,
produzindo os bens necessários à subsistência coletiva e a divisão de classes e
do trabalho se extinguiria. Desse modo o capital não teria mais nenhuma
serventia, sendo assim extinto.
De
acordo como pensamento marxista, a passagem da sociedade capitalista para uma
sociabilidade emancipada é uma possibilidade concreta, bem como ocorreu à
transição do sistema feudal para o capitalista, pois a dinamicidade histórica é
construída pelo próprio ser social, o mesmo que será capaz de realizar a transformação.
Priscila Morais
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