segunda-feira, 26 de março de 2012
O Serviço Social vinculado aos interesses da classe trabalhadora
quinta-feira, 22 de março de 2012
O que é, e qual a missão do CRAS?
domingo, 18 de março de 2012
O SERVIÇO SOCIAL NA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR
É preciso ter em conta que a OMS, em sua definição de saúde, indica que é necessário entender o termo em seu sentido mais amplo, incluindo a saúde física, mental e social.
Normalmente, a atuação do assistente social na instituição hospitalar depende da iniciativa de um profissional que esteja diretamente ligado ao atendimento ao paciente. Cabe destacar que em algumas ocasiões são os próprios pacientes ou seus familiares os que buscam o serviço do assistente social. Depois de receber tal notificação, o profissional se reúne com o médico ou o enfermeiro correspondente e se solicita informação sobre quem é o paciente, qual é seu diagnóstico e seu prognóstico e quanto tempo deverá permanecer internado no hospital. Esses dados resultam imprescindíveis e marcarão o tempo que o assistente social possui para trabalhar com um paciente determinado, já que seu labor finaliza quando recebe a alta médica.
Como se pode observar, o trabalho social hospitalar está muito vinculado à alta médica, já que esta marca o prazo em que se deve esgotar todos os trâmites e recursos possíveis. Nos hospitais, com freqüência surgem "circunstâncias sociais adversas" que, em opinião de médicos e enfermeiras, justificam a intervenção do assistente social. Em cada caso, realizam-se uma valoração e um diagnóstico sociais baseados na análise das carências e as necessidades existentes, para depois passar à definição das ações que devem ser realizadas. Normalmente, depois deste processo se sabe que precisa um paciente determinado, que precisa sua família e daí se pode fazer a respeito.
As circunstâncias que podem ser encontradas nos hospitais são muito variadas. As vezes surgem situações novas como conseqüência de uma doença determinada. Nesses casos, a proposta é saber que fazer face ao futuro, como enfrentar a essa nova situação, com que meios e com que mediadores. Na maior parte das vezes é preciso modificar o modelo de funcionamento anterior para adaptar-se às novas circunstâncias. Em outras ocasiões, no entanto, as circunstâncias não são novas: até então resultaram úteis e se adaptaram à vida do paciente, mas a falta de saúde acentua as carências preexistentes e se exige uma reorganização das mesmas.
O trabalho dos assistentes sociais resulta imprescindível para levar adiante essa reorganização. Depois de realizar uma valoração e um diagnóstico social, remete-se o paciente a outros serviços e recursos. Atualmente, os recursos do sistema sanitário e dos serviços sociais podem dividir-se em três tipos:
· De âmbito sanitário: hospitais, centros de estadias intermediárias e centros sanitários de primeiro nível.
· Centros de âmbito sócio-sanitário.
· Recursos dos serviços sociais: serviço de assistência a domicílio, estadias temporárias e residenciais.
Portanto, o serviço social hospitalar tem muito a ver com a organização de tais recursos e resulta muito importante à hora de coordenar-se com o restante dos assistentes sociais. Assim mesmo, este profissional deve ser um referente para pacientes e familiares durante os atendimentos hospitalares, já que a doença pode modificar a perspectiva e a capacidade de enfrentar as dificuldades por parte do doente e seus familiares. Por essa razão, a tarefa consiste em contribuir um enfoque ativador e objetivo tanto aos profissionais sanitários como aos pacientes e a suas famílias, sem esquecer o papel do assistente social como vínculo entre o âmbito sanitário e o social.
Como indicado anteriormente, deve-se lembrar sempre que a situação das pessoas que enfrentam problemas de saúde não é habitual para elas nem para seus familiares. A notícia de que se sofre de uma doença costuma afetar a maioria das vezes aos indivíduos, que se encontram desprevenidos contra tal situação e costuma ter conseqüências em seu meio, em sua família, no trabalho, etc.
Leitura complementar sobre o tema em questão: http://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/texto2-7.pdf
segunda-feira, 12 de março de 2012
quinta-feira, 8 de março de 2012
A exclusão da mulher na esfera do trabalho
Um dos primeiros esforços das estudiosas feministas centrou-se na temática de estudo sobre a mulher, área que ainda sofria para impor sua legitimidade no campo universitário. Esses estudos eram tributários dos movimentos sociais dos anos 60 e 70 e resultantes da segunda onda do feminismo. Como expressão pública de uma luta manifestada em outros momentos, em razão da conjuntura internacional que favorecia as mudanças, o feminismo desenvolveu-se com força e organização que pareciam lhe garantir continuidade. Esse movimento, a partir da década de 80, toma novo direcionamento, enveredando para a formação de um novo conceito, o de gênero.
Várias feministas envolvidas com a militância se iniciaram nos trabalhos de reflexão e produção acadêmica. O conceito de gênero, surgido no contexto anglo-saxão, passou a ser utilizado com o sentido de caracterizar uma relação. Sem dúvida não tratava apenas de um novo rótulo, porém de opção por uma mudança de ordem epistemológica, ou seja, uma via teórica. A desvinculação da militância não se deu de imediato, e as mulheres permaneceram centradas no eixo da denúncia da opressão, que tinha um caráter mais descritivo do que analítico. Gradualmente, o recorte analítico ganha espaços, e as feministas realizam análises consistentes nos campos da sociologia, da história, da literatura e da educação.
Ao voltar-se para si próprio, as estudiosas do feminismo tentam construir um conceito de gênero desvinculado do sexo, que se referia à identidade biológica de uma pessoa. Gênero é construção social do sujeito masculino ou feminino. Nesse sentido, Joan Scott (1989), associando a categoria gênero aos limites das correntes teóricas do patriarcado, do marxismo e da psicanálise, tenta explicar a subordinação da mulher e a dominação dos homens. Aquela autora analisa o gênero como elemento constitutivo das relações sociais baseadas nas diferenças entre os sexos e como a primeira forma de manifestar poder a partir de quatro dimensões inter-relacionais: simbólica, organizacional, normativa e subjetiva.
A dimensão simbólica enfatiza as representações múltiplas e contraditórias, a exemplo de Maria evocando pureza e bondade, e Eva simbolizando o pecado, o mal.
A dimensão normativa evidencia interpretações do significado dos símbolos que tentam limitar e conter suas possibilidades metafóricas, ou seja, conceitos que são expressos nas doutrinas religiosas, educativas, científicas, políticas e jurídicas que trazem duplo sentido na definição do masculino e do feminino.
A dimensão organizacional diz respeito às organizações e instituições sociais como mecanismos que aprofundam as assimetrias entre os gêneros.
A dimensão subjetiva versa sobre as necessidades de examinar as maneiras como as identidades de gênero são construídas e relacionadas com atividades organizacionais, sociais e representações culturais historicamente situadas.
Joan Scott fundamenta suas abordagens nos seguintes eixos teóricos:
a. As relações de gênero possuem uma dinâmica própria, mas também se articulam com outras formas de dominação e desigualdades sociais (raça, etnia, classe).
b. A perspectiva de gênero permite entender as relações sociais entre homens e mulheres, o que pressupõe mudanças e permanências, desconstruções, reconstrução de elemento simbólicos, imagens, práticas, comportamentos, normas, valores e representações.
c. A categoria gênero reforça o estudo da história social, ao mostrar que as relações afetivas, amorosas e sexuais não se constituem realidades naturais.
d. A condição de gênero legitimada socialmente se constitui em construções, imagens, referências de que as pessoas dispõem, de maneira particular, em suas relações concretas com o mundo. Homens e mulheres elaboram combinações e arranjos de acordo com as necessidades concretas de suas vidas.
e. As relações de gênero, como relações de poder, são marcadas por hierarquias, obediências e desigualdades. Estão presentes os conflitos, tensões, negociações, alianças, seja através da manutenção dos poderes masculinos, seja na luta das mulheres pala ampliação e busca do poder.
Outra autora que traz importante contribuição à temática do gênero é Teresita Barbieri (1992), que centra sua análise nos limites teóricos do patriarcado, desenvolvendo estudos sobre as condições de vida, de trabalho e sobre a cultura produzida pela mulher. Além disso, tece suas considerações sobre a sociedade como elemento gerador da subordinação feminina, enfatizando, ainda, que é da sociedade que surge e se expande a categoria gênero.
Como se pode observar, Scott e Barbiere compartilham da idéia de que o gênero se instaura questionando ordens epistemológicas, atravessando territórios interdisciplinares, efetivando o diálogo entre o movimento social (o feminismo) e a academia.
Tendo realizado o feito de formular um conceito de gênero que ilustra as diferenças reais entre homens e mulheres, ou seja, a de origem biológica e a cadeia de desigualdades socialmente construídas a partir das diferenças, os movimentos feministas tentam dar visibilidade às restrições impostas à mulher nos diversos segmentos da sociedade.
As restrições impostas à mulher dão lugar a um processo de exclusão que freqüentemente se ancora nas diferenças. Essa idéia da diferença permeia discursos hegemônicos, estando presente em falas sobre as desigualdades de gênero, impedindo que se lide adequadamente com o que distingue homens e mulheres. Diferença faz par com identidade, assim como desigualdade o faz com igualdade. No pensar de Laurentis (1987), o ser humano, ao tornar-se o “sujeito múltiplo”, percebe suas identidades sociais básicas (gênero, raça, etnia) e, por conseguinte, as diferenças que apresentam entre si.
No entanto, como são típicos da ideologia, os fenômenos são apresentados de forma inversa, traduzindo desigualdade por diferença, inversão que está, muitas vezes, presente nas esferas dos valores, crenças, benefícios, direitos e privilégios. Segundo Saffioti & Almeida (1995), “Rigorosamente, toda diferenciação, seja da natureza, seja da sociedade, é positiva, porquanto representa enriquecimento. Representações sobre a diferença podem ser apropriadas pela ideologia” e transformadas em estigmas, portanto, em algo negativo, conforme tem ocorrido com o feminino ao longo dos séculos.
Fonte: http://www.artigocientifico.com.br/
quarta-feira, 7 de março de 2012
União dos Palmares
Um dia após a realização da "caminhada pela paz" na cidade de União dos Palmares, outro assassinato choca a população na manhã desta quarta-feira (07/03). A cidade anda vivendo uma forte onda de violência que vem preocupado, amedrontando e indignando o nosso interior, são crimes que geralmente apresentam traços de crueldade e que têm acontecido cada vez mais perto da população. Os dados são alarmantes, visto que se trata de um interior, onde geralmente observam-se menores índices de violência. Somente em fevereiro foram registrados 12 assassinatos na cidade.
A polícia já está investigando os homicídios ocorridos nas últimas semanas e entre suas suspeitas, acredita-se que o envolvimento de drogas seja um dos principais indícios que agravam esses lamentáveis crimes ocorridos em União dos Palmares a chamada, "terra da liberdade."
É com grande tristeza que registro aqui esta breve nota. Que ainda possamos viver dias melhores em nossa cidade!
Priscila Morais