"Meu nome é Wesley, tenho 30 anos e 6 meses de rua. Sou lá de Natal, vim
pra cá porque tinha um pessoal que me falava que em São Paulo era só
sucesso e eu ia ficar rico. Só que chegando aqui foi só ilusão, consegui nada.
Aqui, o mais difícil é conseguir o que comer. Tem gente que ajuda, dá um pratinho ou outro, mas tem uns que regulam até água. O foda é que eu tenho pedra no rim, preciso tá sempre tomando água. Não confio em ninguém, só nas minhas pernas e em Deus, durmo na calçada e agradeço a Ele quando acordo, só assim.
Claro que eu penso em voltar, minha família até me aceita, mas eles falam 'Você foi, agora se vira pra voltar'. E é difícil, a passagem é quase 500 conto. De quem eu mais sinto falta é da minha filhinha de 10 anos, quando eu consigo ligar pra ela, ela sempre fala 'Pai, por que você fez isso? Volta logo.' #SP invisível.
Aqui, o mais difícil é conseguir o que comer. Tem gente que ajuda, dá um pratinho ou outro, mas tem uns que regulam até água. O foda é que eu tenho pedra no rim, preciso tá sempre tomando água. Não confio em ninguém, só nas minhas pernas e em Deus, durmo na calçada e agradeço a Ele quando acordo, só assim.
Claro que eu penso em voltar, minha família até me aceita, mas eles falam 'Você foi, agora se vira pra voltar'. E é difícil, a passagem é quase 500 conto. De quem eu mais sinto falta é da minha filhinha de 10 anos, quando eu consigo ligar pra ela, ela sempre fala 'Pai, por que você fez isso? Volta logo.' #SP invisível.
Histórias reais, de situações e seres humanos reais que nos fazem
refletir, sem a necessidade de culpa-los por sua condição ou existência.
PS: Nos comentários, na comunidade SP invisível no Facebook, as pessoas que leram esse post estão se mobilizando para ajudá-lo a voltar pra sua terra. O blog SSO e cotidiano vai acompanhar o desenrrolar dessa história. Qualquer novidade, posto aqui!
Priscila Morais
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