Para saber mais sobre a AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis, acesse: http://www.aids.gov.br/
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
sábado, 22 de novembro de 2014
Indicação
Pessoal essa obra é minha mais nova aquisição. 10ª ed.
Tive acesso a essa leitura em um seminário realizado recentemente pelo grupo de pesquisa que faço parte e pude perceber o quão rica são as informações contidas nesse livro. Ideal para quem deseja entender melhor sobre direitos sociais e a assistência social, principalmente para o profissional do serviço social.
Desejo a tod@s uma ótima leitura e boas reflexões.
Priscila Morais
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
1º Fórum de Debates sobre a Política de Assistência social em Alagoas
1º dia de Fórum
1º dia de Fórum
2º dia de Fórum
Maria de Fátima (economista), Professora Drª. Margarida Silva (UFAL), Professora Drª Berenice Rojas Couto (UFRS) e Maria Aparecida (assistente social).
Prof. Drª Berenice Rojas Couto
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Divulgando
As inscrições já estão abertas desde o dia 10 de outubro e ainda dá
tempo de submeter artigos para exposição em poster. O período para
submissão vai até o dia 24 de outubro. Acesse o blog do evento
domingo, 12 de outubro de 2014
A quem interessar. Divulgando.
Como trata-se do meu objeto de estudo, estarei lá. É bom dialogar com outras perspectivas.
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Relato de um sobrevivente das ruas
"Meu nome é Wesley, tenho 30 anos e 6 meses de rua. Sou lá de Natal, vim
pra cá porque tinha um pessoal que me falava que em São Paulo era só
sucesso e eu ia ficar rico. Só que chegando aqui foi só ilusão, consegui nada.
Aqui, o mais difícil é conseguir o que comer. Tem gente que ajuda, dá um pratinho ou outro, mas tem uns que regulam até água. O foda é que eu tenho pedra no rim, preciso tá sempre tomando água. Não confio em ninguém, só nas minhas pernas e em Deus, durmo na calçada e agradeço a Ele quando acordo, só assim.
Claro que eu penso em voltar, minha família até me aceita, mas eles falam 'Você foi, agora se vira pra voltar'. E é difícil, a passagem é quase 500 conto. De quem eu mais sinto falta é da minha filhinha de 10 anos, quando eu consigo ligar pra ela, ela sempre fala 'Pai, por que você fez isso? Volta logo.' #SP invisível.
Aqui, o mais difícil é conseguir o que comer. Tem gente que ajuda, dá um pratinho ou outro, mas tem uns que regulam até água. O foda é que eu tenho pedra no rim, preciso tá sempre tomando água. Não confio em ninguém, só nas minhas pernas e em Deus, durmo na calçada e agradeço a Ele quando acordo, só assim.
Claro que eu penso em voltar, minha família até me aceita, mas eles falam 'Você foi, agora se vira pra voltar'. E é difícil, a passagem é quase 500 conto. De quem eu mais sinto falta é da minha filhinha de 10 anos, quando eu consigo ligar pra ela, ela sempre fala 'Pai, por que você fez isso? Volta logo.' #SP invisível.
Histórias reais, de situações e seres humanos reais que nos fazem
refletir, sem a necessidade de culpa-los por sua condição ou existência.
PS: Nos comentários, na comunidade SP invisível no Facebook, as pessoas que leram esse post estão se mobilizando para ajudá-lo a voltar pra sua terra. O blog SSO e cotidiano vai acompanhar o desenrrolar dessa história. Qualquer novidade, posto aqui!
Priscila Morais
sábado, 4 de outubro de 2014
SP invisível
Recomendo essa página do Facebook. Esta se dispõem a contar relatos de vida de pessoas que vivem em situação de rua em São Paulo. Bastante interessante os relatos. Aos que se interessarem, boas analises e reflexões.
Link da pág:
https://www.facebook.com/spinvisivel?fref=ts
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
I Fórum de Assistência Social
A Faculdade de Serviço Social, através do Grupo de Pesquisa: Políticas Públicas e Processos Organizativos da Sociedade, Linha de Pesquisa: Estado e Gestão da Política de Assistência Social, convida a todos a participar, nos dias 10 e 11 de novembro de 2014, do I Fórum de Debates Sobre a Política de Assistência Social em Alagoas. O evento proporcionará um espaço de debate sobre a efetivação da política de assistência social no estado de Alagoas, com a possibilidade de participação de trabalhadores e gestores da Política de Assistência Social atuantes em todos os municípios alagoanos. Na ocasião serão expostos trabalhos na modalidade pôster. Os interessados em submeter trabalhos para a exposição deverão encaminhá-los para o e-mail forumdeassistenciasocial@gmail.com, no período de 01 a 15 de outubro. Os trabalhos selecionados serão divulgados no dia 30 de outubro no blog http://forumdeassistenciasocial.blogspot.com.br/. As inscrições para participar do evento ocorrerão a partir de 16 de outubro através de link informado no blog do evento.
Maiores informações pelo e-mail: politicadeassistencia@hotmail.com
MAIS INFORMAÇÕES SOBRE AS NORMAS DE SUBMISSÃO DOS TRABALHOS
EM: http://forumdeassistenciasocial.blogspot.com.br/
EM: http://forumdeassistenciasocial.blogspot.com.br/
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
I Ciclo de Palestras
O Grupo de Pesquisa sobre Gestão de Políticas Públicas e Processos
Organizativos da Sociedade, da Faculdade de Serviço Social, realiza uma
importante atividade para pesquisadores em todas as áreas que necessitam
de dados e informações sobre a realidade socioeconômica de Alagoas. O
Ciclo de Palestras Alagoas em Dados: Informações socioeconômicas e sua
atual regionalização será realizado no dia 9 de outubro, às 14h, no
auditório da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac).
Os palestrantes são: Thiago Ávila, superintendente de Produção da
Informação e do Conhecimento da Seplande/AL, e Sarah Pessoa, diretora de
Estudos e Pesquisas da Seplande. Eles vão apresentar o portal Alagoas
em Dados; Márcio de Mendonça Melânia, diretor de Planejamento e
Políticas Públicas da Seplande, vai falar sobre A Nova Regionalização
para o Planejamento do Estado de Alagoas.
Toda a comunidade acadêmica está convidada, principalmente estudantes e pesquisadores que estão elaborando trabalhos e projetos de pesquisa e necessitem de dados sobre o Estado. As inscrições serão feitas no local e será emitido um certificado de 3 horas, que conta para a carga horária flexível.
Para mais informações, entrar em contato pelo telefone 3214 -1240 ou email: politicadeassistencia@hotmail.com
Toda a comunidade acadêmica está convidada, principalmente estudantes e pesquisadores que estão elaborando trabalhos e projetos de pesquisa e necessitem de dados sobre o Estado. As inscrições serão feitas no local e será emitido um certificado de 3 horas, que conta para a carga horária flexível.
Para mais informações, entrar em contato pelo telefone 3214 -1240 ou email: politicadeassistencia@hotmail.com
domingo, 28 de setembro de 2014
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
16º SRFPMESS
O Movimento Estudantil é um movimento social historicamente reconhecido
devido ao seu caráter combativo, problematizador e formulador de
estratégias em defesa de um ensino público, laico e de qualidade. No
ensino superior, na atual conjuntura em que a União Nacional dos
Estudantes – UNE, não se mostra com poder e legitimidade para
organização dos/as estudantes se organizam através dos cursos; sendo
assim, o Movimento Estudantil de Serviço Social – MESS, é o local de
organização dos/as estudantes de Serviço Social. Embora tal organização
ocorra por áreas, essa não se constitui de forma isolada e sem diálogo
com estudantes de outros cursos e áreas. O MESS funciona de forma
autônoma financeira e politicamente, com espaços de organização, debate e
deliberação próprios que ocorrem anualmente, exercendo um papel
importante em momentos históricos da profissão. Esses espaços são
norteados por 6 eixos de discussão, onde estudantes, profissionais e
sociedade constroem suas perspectivas, sendo eles: conjuntura,
universidade e educação, formação profissional, movimento estudantil,
cultura e combate às opressões. A Executiva Nacional das/os Estudantes
de Serviço Social – ENESSO é a entidade máxima de representação
dessas/es estudantes, sendo reconhecida como única entidade legitimada
para falar em nome destes.
A formação profissional sempre esteve presente na pauta dos fóruns da ENESSO e pode ser vista como ponto estratégico de discussão em nossos espaços, pela compreensão de sermos profissionais em formação e termos compromisso com o acúmulo histórico e teórico da categoria profissional. Em 1991 a ENESSO que nesse momento ainda se chamava SESSUNE – Secretaria de Serviço Social na União Nacional dos Estudantes, promove o primeiro Seminário Nacional de Formação Profissional e Movimento Estudantil em Serviço Social – SNFPMESS, em 1991 na cidade de Recife/PE, executando e ampliando o debate da política de formação profissional e construindo, sistematicamente, propostas concretas de intervenção.
No contexto da década de 1990 experienciávamos um desmonte das universidades brasileiras que refletiu diretamente na vida acadêmica, sendo de fundamental importância um espaço como o seminário onde o coletivo de estudantes de Serviço ‘Social tivesse a oportunidade de debater especificamente a formação profissional, visto que cada encontro dentro do MESS possui sua especificidade e importância. Os pontos debatidos no primeiro seminário foram responsáveis por conquistas como a aprovação da coordenação de formação profissional e da organização da representação discente em ABEPSS – Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social.
A realização dos seminários faz parte da agenda política do MESS, sendo assegurado pelo estatuto da ENESSO https://executivamess.files.wordpress.com/2013/10/estatutos-a5-12.pdf no Titulo V “Das Instâncias Organizativas”, em seu art. 28, e no Titulo III “Das Instâncias Deliberativas”, em seu art.4º que trata especificamente sobre o Seminário Regional de Formação Profissional e Movimento Estudantil de Serviço Social, além da Seção VI, art.12.
A formação profissional sempre esteve presente na pauta dos fóruns da ENESSO e pode ser vista como ponto estratégico de discussão em nossos espaços, pela compreensão de sermos profissionais em formação e termos compromisso com o acúmulo histórico e teórico da categoria profissional. Em 1991 a ENESSO que nesse momento ainda se chamava SESSUNE – Secretaria de Serviço Social na União Nacional dos Estudantes, promove o primeiro Seminário Nacional de Formação Profissional e Movimento Estudantil em Serviço Social – SNFPMESS, em 1991 na cidade de Recife/PE, executando e ampliando o debate da política de formação profissional e construindo, sistematicamente, propostas concretas de intervenção.
No contexto da década de 1990 experienciávamos um desmonte das universidades brasileiras que refletiu diretamente na vida acadêmica, sendo de fundamental importância um espaço como o seminário onde o coletivo de estudantes de Serviço ‘Social tivesse a oportunidade de debater especificamente a formação profissional, visto que cada encontro dentro do MESS possui sua especificidade e importância. Os pontos debatidos no primeiro seminário foram responsáveis por conquistas como a aprovação da coordenação de formação profissional e da organização da representação discente em ABEPSS – Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social.
A realização dos seminários faz parte da agenda política do MESS, sendo assegurado pelo estatuto da ENESSO https://executivamess.files.wordpress.com/2013/10/estatutos-a5-12.pdf no Titulo V “Das Instâncias Organizativas”, em seu art. 28, e no Titulo III “Das Instâncias Deliberativas”, em seu art.4º que trata especificamente sobre o Seminário Regional de Formação Profissional e Movimento Estudantil de Serviço Social, além da Seção VI, art.12.
MAIORES INFORMAÇÕES NO SITE DO EVENTO: http://xvisrfpmess.wordpress.com/sobre/
Faculdade de Serviço Social realiza palestra sobre dados socioeconômicos de Alagoas
Evento será no dia 9 de outubro, às 14h, no auditório da Faculdade de Economia
Lenilda Luna - jornalista
O Grupo de Pesquisa sobre Gestão
de Políticas Públicas e Processos Organizativos da Sociedade, da
Faculdade de Serviço Social, realiza uma importante atividade para
pesquisadores em todas as áreas que necessitam de dados e informações
sobre a realidade socioeconômica de Alagoas. O Ciclo de Palestras Alagoas em Dados: Informações socioeconômicas e sua atual regionalização será realizado no dia 9 de outubro, às 14h, no auditório da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac).
Os palestrantes são: Thiago
Ávila, superintendente de Produção da Informação e do Conhecimento da
Seplande/AL, e Sarah Pessoa, diretora de Estudos e Pesquisas da
Seplande. Eles vão apresentar o portal Alagoas em Dados; Márcio de
Mendonça Melânia, diretor de Planejamento e Políticas Públicas da
Seplande, vai falar sobre A Nova Regionalização para o Planejamento do Estado de Alagoas.
Toda a comunidade acadêmica está
convidada, principalmente estudantes e pesquisadores que estão
elaborando trabalhos e projetos de pesquisa e necessitem de dados sobre o
Estado. As inscrições serão feitas no local e será emitido um
certificado de 3 horas, que conta para a carga horária flexível.
Para mais informações, entrar em contato pelo telefone 3214 -1240 ou email: politicadeassistencia@hotmail.com
terça-feira, 23 de setembro de 2014
domingo, 21 de setembro de 2014
Torturados na ditadura, assistentes sociais dizem que repressão continua
Depoimentos emocionantes do TERROR que foi a ditadura
militar no Brasil. Não consigo entender que espécie de ser humano
defende, ou justifica esse período.
Priscila Morais
Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
Edição: Nádia Franco
A ditadura já acabou, mas a repressão continua sendo praticada por
militares – no caso, pela Polícia Militar – e atinge as camadas mais
pobres da sociedade. De forma quase consensual, esta é a opinião dos
profissionais do Serviço Social que participaram, em Brasília, do 43º
encontro nacional da categoria.
“Nossa profissão sempre nos colocou na linha de frente das conquistas sociais. Por esse motivo, conhecemos de perto as várias agressões cometidas no passado, durante o período da ditadura, e no presente, principalmente nas periferias”, diz o presidente do Conselho Federal de Serviço Social, Maurílio Matos.
Com o encontro deste ano, o conselho resgatar as experiências de confronto com órgãos repressores enfrentadas pelos assistentes sociais e, ao mesmo tempo, trazer para a atualidade a luta contra a repressão, que ainda hoje alcança os jovens, principalmente negros e pobres no Brasil. “Estamos recuperando a memória de luta dos assistentes sociais contra os repressores e buscamos dar visibilidade aos que lutam pela liberdade e pela democracia”, resume Matos.
“Nossa profissão sempre nos colocou na linha de frente das conquistas sociais. Por esse motivo, conhecemos de perto as várias agressões cometidas no passado, durante o período da ditadura, e no presente, principalmente nas periferias”, diz o presidente do Conselho Federal de Serviço Social, Maurílio Matos.
Com o encontro deste ano, o conselho resgatar as experiências de confronto com órgãos repressores enfrentadas pelos assistentes sociais e, ao mesmo tempo, trazer para a atualidade a luta contra a repressão, que ainda hoje alcança os jovens, principalmente negros e pobres no Brasil. “Estamos recuperando a memória de luta dos assistentes sociais contra os repressores e buscamos dar visibilidade aos que lutam pela liberdade e pela democracia”, resume Matos.
“O Brasil é dividido em classes. Há um verdadeiro apartheid [segregação]
em nosso país, com cidades construídas para separar classes. Essa
divisão é a origem de diversos problemas abordados apenas
superficialmente pelos veículos de comunicação. Nossa mídia informa o
ato, mas deforma a origem dele. Fala dos problemas no trânsito e da má
situação da saúde, mas não aponta a verdadeira origem desses problemas,
que é a desigualdade social”, argumenta o presidente do conselho.
Diminuir
tais desigualdades foi um dos estímulos para Joaquina Barata,
atualmente com 78 anos, enfrentar a ditadura militar na juventude. “O
problema é que a luta de classes continua. E alcançou inclusive fórmulas
que enganam até segmentos da ciência social contemporâneas", ressalta a
assistente social. Joaquina lembra que, na época em que era estudante,
“ensinavam-se teorias conservadoras que expressavam, sem a menor dúvida,
o pensamento das classes dominantes: pobres e desvalidos eram tidos
como 'desajustados'”.
Ao falar sobre a ditadura militar, ela
avalia que os grupos de esquerda “subestimaram o poder e a crueldade da
direita”. “A ditadura tornou-se cada vez mais assassina, violenta e
destrutiva. Durou 20 anos, criando a cultura do silêncio e do medo, e
estragando carreiras, vidas e a evolução do país”, resume Joaquina.
Entre
os resultados desse embate, ela destaca a transformação ocorrida na
Amazônia, que, na época, era “espaço de abundância”, e que, a partir de
então, se tornou “território de escassez, com latifúndios e um mar de
miseráveis”. De acordo com a assistente social, outros resultados, "bem
visíveis", são a violência na periferia das cidades, a disseminação das
drogas, o trabalho escravo e a dissolução de valores.
Lutar pelos
sonhos que tinha para o Brasil custou um preço alto para Joaquina e o
filho, que foi preso no final da década de 70 quando, a pedido de um
amigo, distribuia panfletos em frente a uma escola cuja diretora
pertencia a um grupo político ligado à ditadura. “Não sei até que ponto
há ligação, mas meu filho, que terminou o curso de engenharia,
tornou-se, mais tarde, um paciente psiquiátrico em cujos delírios as
lembranças da ditadura sempre aparecem.”
Os participantes do
encontro de assistentes sociais afirmam que não são poucos os casos de
filhos de militantes políticos traumatizados pela violência praticada
contra os país na época da ditadura. Inspirada em situações como a
vivida pela família de Joaquina, Rosalina Santa Cruz escreveu um livro –
ainda não publicado e previamente intitulado Infância Roubada –
que falará sobre tais histórias. Rosalina diz que são muito comuns os
casos de crianças que apresentaram sequelas após testemunharem os
absurdos praticados por militares.
“Meu filho mesmo é um exemplo.
Quando era recém-nascido, foi usado pelos militares para me ameaçar.
Eles invadiram minha casa e, além de não me deixarem amamentá-lo,
ficaram dizendo que iam jogá-lo do quinto andar do prédio. Na
adolescência, ele teve sérios problemas de dependência química e se
tornou um rapaz extremamente tímido. Acho que tem a ver com o trauma
passado na infância, principalmente por ter sido afastado da gente”,
conta Rosalina.
Ela ficou afastada do filho no período que passou
na prisão, onde foi torturada. “Passei por todos os tipos de tortura
pelos quais passavam os presos políticos. Cheguei a perder 36 quilos em
50 dias. Lembro de torturas psicológicas, que eram piores do que o pau
de arara. Eu pedia que me matassem, mas eles negavam, dizendo que,
antes, iriam me cortar [viva] em pedacinhos. Era colocada nua em uma
geladeira com tudo escuro. Ouvia ruídos assustadores. Era uma sensação
de impotência; de solidão.”
Após dez meses de prisão, Rosalina conta que foi depor em uma auditoria. Antes do depoimeto, um dos torturadores retirou seu capuz e, deixando claro que se tratava de uma ameaça, disse a ela que iria aguardá-la após a audiência. “Quando o juiz me perguntou se eu tinha algo a declarar, disse que tinha levado choque na vagina, que tinha abortado após ser espancada, que tinha sido colocada no pau de arara. Quando ele encerrou a sessão e todos saíram, continuei no local, dizendo que não podia voltar e que estava com medo”. Não adiantou e ela foi colocada em um camburão, “que corria que nem louco”, até chegar ao Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). Ao descer, a primeira voz que ouviu disse: “Rosinha você voltou...”.
Após dez meses de prisão, Rosalina conta que foi depor em uma auditoria. Antes do depoimeto, um dos torturadores retirou seu capuz e, deixando claro que se tratava de uma ameaça, disse a ela que iria aguardá-la após a audiência. “Quando o juiz me perguntou se eu tinha algo a declarar, disse que tinha levado choque na vagina, que tinha abortado após ser espancada, que tinha sido colocada no pau de arara. Quando ele encerrou a sessão e todos saíram, continuei no local, dizendo que não podia voltar e que estava com medo”. Não adiantou e ela foi colocada em um camburão, “que corria que nem louco”, até chegar ao Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). Ao descer, a primeira voz que ouviu disse: “Rosinha você voltou...”.
Depois de solta, já na
fase final da ditadura, Rosalina soube do desaparecimento de um irmão.
Ao tentar localizá-lo, as autoridades militares sugeriam que ela
perguntasse aos companheiros que, segundo eles, tinham por hábito
"matar os frouxos”. Suspeita-se que o irmão dela tenha sido uma das 14
pessoas incineradas em uma usina. “Meu irmão foi levado para um dos
centros de extermínio que existiam no país, similares aos da Alemanha
nazista. Cheguei a ouvir deles [dos militares] que, desses incinerados,
nem cinza há.”
Para Rosalina, o mais lamentável é que “esse tipo
de tortura aconteça até hoje”. No encontro, os assistentes sociais
pediram o fim da Polícia Militar.
A assistente social cearense Cândida Moreira Magalhães conta que decidiu se tornar militante politica porque se incomodava com situações como a invasão de favelas, sob o pretexto de se fazer uma “higienização” na cidade. “Naquela época, vivíamos um momento de discussão e debate dentro da universidade e acreditávamos que podíamos mudar a sociedade.” Presa duas vezes por suspeita de envolvimento com organizações de esquerda, Cândida diz que chegou a ser sequestrada pela Polícia do Exército. “Foram 90 dias sem qualquer tipo de comunicação [externa]. Fui torturada todos os dias, com choques elétricos, afogamentos, pau de arara... Saía todos os dias inconsciente e toda urinada”, lembra Cândida.
A assistente social cearense Cândida Moreira Magalhães conta que decidiu se tornar militante politica porque se incomodava com situações como a invasão de favelas, sob o pretexto de se fazer uma “higienização” na cidade. “Naquela época, vivíamos um momento de discussão e debate dentro da universidade e acreditávamos que podíamos mudar a sociedade.” Presa duas vezes por suspeita de envolvimento com organizações de esquerda, Cândida diz que chegou a ser sequestrada pela Polícia do Exército. “Foram 90 dias sem qualquer tipo de comunicação [externa]. Fui torturada todos os dias, com choques elétricos, afogamentos, pau de arara... Saía todos os dias inconsciente e toda urinada”, lembra Cândida.
sábado, 20 de setembro de 2014
Indicações para leitura I: curso de Ética e Serviço Social
Pessoal, estou fazendo um curso de Ética e Serviço Social, ministrado pelo professor Dr. Sérgio Lessa, ofertado pelo PPGSS - Programa de Pós Graduação em Serviço Social - UFAL. O curso tem duração de dois meses, uma vez por semana, às segundas feiras.
Estamos entrado na terceira semana de curso, ainda não adentramos na discussão da ética, estamos vendo agora os fundamentos da história humana, no que se refere ao surgimento do ser social, das sociedades e de todo o processo socialmente histórico que as constrói. Estarei postando aqui as indicações do curso para a leitura.
A primeira indicação é o artigo abaixo, intitulado: História e Ontologia: a questão do trabalho.
Priscila Morais
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