Hoje, na manhã desta segunda-feira, 25/06, ao
assistir ao noticiário, a situação de caos a qual se encontra a saúde pública
do país, não poderia deixar de me indignar ao ver seres humanos entregues ao
descaso, necessitando de atendimento médico, vidas que se perdem a todo
instante por simples negligência.
Ainda me surpreende ver unidades de saúde
pública superlotadas, embora isso seja comum para muitos, me surpreende ver
alguns profissionais da saúde sem condições de trabalho, por falta de
medicamentos e materiais que viabilizem o seu exercício, fico realmente chocada
ao ouvir relatos de pessoas que passam mais de 12 horas a espera por marcar uma
consulta médica, e mais, quando conseguem marcar é mais outro longo tempo de
espera... E se for um caso de urgência? Se a pessoa não resistir à espera?
Morre sem ao menos ser assistida? Onde está o caráter de “universalidade” das
políticas sociais, o “direito” a saúde? Será que os responsáveis por essas
instancias não estão vendo a situação de vulnerabilidade da população, ou será
que só as próprias pessoas que vivenciam as necessidades cotidianamente
enxergam tudo isso?
São tantas as perguntas sem respostas... Teria
centenas delas para indagar aqui, mas não sei se posso ser ouvida, não sei se
as pessoas que estão nos hospitais há dias esperando por consulta, por
cirurgia, por medicação também serão ouvidas. A final, quem pode nos ouvir? A
quem devemos responsabilizar? Será que somente culpando o Sistema Único de Saúde
(SUS) e mostrando as “vantagens” para a saúde, se este for privatizado?
É preciso compreender antes de qualquer coisa
que o SUS é direito, é público, logo deve estar disponível para todos. Porém o
que existe é um sucateamento desse sistema. A falta de investimento na saúde
pública obviamente faz com que esta “não preste” dessa forma o que fazer?
Privatizar claro! Por quê? Porque dessa forma o governo vai se
desrresponsabilizar de seu dever com as políticas sociais, ou seja, vai
dividi-lo com o terceiro setor, financiando a saúde privada, repassando
recursos que seriam públicos. Mas com isso quem vai se beneficiar? A população?
Será que a população que procura o atendimento do SUS, mesmo com suas
precariedades, por não ter outra opção vai ter condições de acessar um sistema
privado de saúde?
Diante dessas questões postas à cima, não fica difícil
de refletir e pensar em uma proposta de governo que ao invés de privatizar
aquilo que é direito da população, pensar em investir na saúde pública de
qualidade, pois o SUS em seu projeto inicial tem tudo para ser sim, um dos melhores
sistemas de saúde.
“Saúde não é apenas atendimento médico, saúde é
assistência em diversas instancias. Saúde é necessidade humana básica. Saúde é
um começo e um recomeço, é direito é prioridade!”
Priscila Morais