domingo, 2 de agosto de 2015

Educação Pública no Brasil

Conjuntura atual da Educação Pública no Brasil - Na particularidade de Alagoas


Como é de conhecimento geral, algumas Universidades Federais, Institutos Federais e rede Estadual de ensino estão vivenciando um momento de caos, corte de verba e descaso do Estado com o ensino público de qualidade. Diante disso, o país vivencia um quadro de greve na educação pública e também em outros setores da sociedade.  São tempos de luta e de embates.

Abaixo segue um texto que trata sobre a situação dos bolsistas da Universidade Federal de Alagoas - UFAL, que como tantas outras federais está em greve dos docentes e técnicos. Além disso, vivencia problemas internos de gestão, que segundo o texto, é uma das razões que justificam a atual situação dos bolsistas da Universidade. 

Priscila Morais





O texto:


Centenas de estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) estão passando por diversas privações em função do corte de bolsas, cujo objetivo é dar assistência aos estudantes em situação de vulnerabilidade social. Além da falta de alimentos básicos, muitos correm o risco de serem despejados das residências onde moram por falta de pagamento do aluguel. 
Segundo o bolsista e membro do movimento Resistência Popular, Jhon Napoleão, há uma parcela dos discentes que vivem com os pais e têm como se manter, porém, “há centenas de outros estudantes que têm a bolsa como única fonte de renda”, relata. 
“Por uma questão de privacidade e medo de sofrer retaliações por parte da reitoria, como a perda definitiva da bolsa, não vamos citar nomes, mas ouvi relatos de colegas que estão indo às igrejas e pedindo comida a padres e pastores”, lamenta Jhon Napoleão. 
A fim de amenizar as dificuldades, os bolsistas estão realizando pedágios, pedindo contribuição financeira a professores e técnicos da Ufal e fazendo arrecadação de alimentos. As pessoas que desejarem ajudar, podem deixar sua contribuição nos espaços das assembleias dos técnicos e docentes, realizadas semanalmente a partir das 9h, no auditório da reitoria e do Centro de Interesse Comunitário (por trás do Banco do Brasil), respectivamente. Os auditórios ficam localizados no campus A. C. Simões, no Tabuleiro dos Martins. 
Jhon Napoleão frisa que o não repasse das bolsas não é só um problema estrutural, mas também um desleixo por parte da atual gestão. Segundo ele, o reitor se comprometeu oficialmente em pagar todas as bolsas, “porém muitos ainda estão há dois meses sem receber, o que corresponde à falta de R$ 800,00  para custear suas despesas”, diz Jhon.
 A estudante de química, Jéssica Bernardo, explica que a situação vivida pela Ufal é um assunto que diz respeito às prioridades da gestão. De acordo com ela, muitas universidades tiveram cortes de verba, porém as bolsas estudantis estão sendo pagas normalmente. 



Protesto


 Na próxima segunda-feira (03/08), às 14h, em frente ao Hotel Jatiúca, no posto sete, os bolsistas se unirão a estudantes de vários campi, professores e técnicos da Ufal, do Ifal e da rede estadual de ensino, em um ato unificado em defesa da educação pública e contra o corte de 10 bilhões anunciados pelo governo para a educação. Na ocasião, estará ocorrendo uma reunião ordinária itinerante do Conselho Nacional de Educação (CNE), que deve contar com a presença do ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, além de outras autoridades locais e nacionais.




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