sábado, 11 de fevereiro de 2012

A crise o desemprego e alguns desafios atuais e no cenário brasileiro, ou global que possam adentrar a área do Serviço Social.


A fragmentação do trabalho contratado e regulamentado, advindos do tempo Teylorista e Fordista, foi dominante em seus modelos de produção no século XX e já está sendo substituído pelas formas que escondem freqüentemente a auto-imploração do trabalho, como: O empreendedorismo, cooperativismo e trabalho voluntário. Nesse contexto é preciso observar, também a exploração do desemprego estrutural em escala global que atinge a totalidade dos trabalhadores, homens e mulheres/ formais e informais.

Além dessa precarização estrutural do trabalho, aumenta de modo intenso o desemprego mundial em países da Europa, como Japão, Estados unidos e em outras partes do mundo. Na Inglaterra, Espanha, Grécia, EUA e Portugal, segundo dados recentemente divulgados são os maiores índices de desempregos das últimas décadas e uma das soluções apontadas pelos empresários, seria aumentar a flexibilidade da legislação trabalhista, visando à preservação de mais empregos. Em alguns países essa flexibilização foi intensa, porém o desemprego só vem aumentando.

Diante da precarização estrutural do trabalho, os capitais globais estão exigindo o desmonte da legislação trabalhista, pois flexibilizar a legislação trabalhista implica em aumentar ainda mais a exploração do trabalho destruindo os direitos sociais que foram conquistados pela classe trabalhadora a partir da revolução industrial e principalmente após 1930 no Brasil.

As contradições que envolvem a sociedade capitalista se fazem cada vez mais visíveis e só tendem a beneficiar a eles mesmos. Uma de suas contrariedades é quando há uma redução de empregos imediatamente tem-se um quadro assustador do aumento do desemprego, o que gesta uma degradação social. Se o capital retoma os níveis de crescimento, aumenta-se também a destruição ambiental, evidenciando a lógica destrutiva do capital. Com isso pode-se visualizar o tamanho da crise estrutural que afeta a classe trabalhadora em escala global.

A criação de um modo de produção e de vida distinto do atual é um desafio. Um novo sistema de metabolismo social, um novo modo de produção fundão em uma atividade baseada no tempo e no trabalho socialmente necessário, para produzir valor de uso e contra a produção baseada exclusivamente no valor de troca para a reprodução do capital. No sistema capitalista o valor de troca sobrepõe-se ao valor de uso, gestando assim a lógica predadora desse sistema, que opera a separação entre os que produzem (trabalhadores) e seus meios de produção, pois seus reais interesses encontram-se voltados para sua alta valorização e não para as necessidades reais da humanidade.

Pensar em uma reforma e humanização do atual sistema, devido a seus traços densamente acentuados ao longo dos anos. Porém é apenas sob uma nova forma de sociedade emancipada, onde o trabalho assumirá um caráter associado e não mais exploratório que poderá resgatar o sentido humano e social da produção, onde se formará uma sociabilidade autenticamente socialista.

O entendimento das condições de trabalho dos assistentes sociais implica também em entender a crise estrutural do sistema capitalista que afeta a classe trabalhadora em escala mundial e conseqüentemente a própria categoria profissional.

As ameaças encontradas pelos profissionais do serviço social referem-se também a precarização das condições de trabalho que são oferecidas pela instituição aos profissionais e conseqüentemente afeta sua atuação junto à intervenção, realizada junto ao usuário. Outra ameaça nesse sentido se evidencia com, o surgimento de outras profissões, por exemplo, os (agentes sociais) que podem atuar na área social, mas não com a mesma perspectiva de direito com a qual atua o Assistente Social, porém a contratação desses profissionais é vantajosa para as instituições no sentido de atender as suas necessidades atuando como profissionais mecanicistas e burocráticos, por um salário menor que o que um profissional graduado nessa área.

Quanto às oportunidades presentes no campo do serviço social pode-se citar uma nova área de atuação na qual o assistente social se insere “o meio ambiente.” Atuando com os princípios fundamentais de sua prática interventiva, fazendo um trabalho de conscientização da população, nas usinas, indústrias e etc. sobre a importância da preservação ambiental.


Priscila Morais.

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