quarta-feira, 25 de abril de 2012

Qual à escolha a ser feita: Cidadania ou emancipação humana?


        A cidadania e a democracia são conceitos de liberdade e direitos que caminham juntos, com o propósito de tornar melhor à sociedade em que se vive. Isso em uma concepção alimentada pelo sistema vigente, a fim de incutir essa ilusão na consciência do senso comum, tornando-os cada vez mais alienados e crentes em uma cidadania que de fato não existe em dimensões sociais, mas apenas em instâncias jurídicas e políticas. Sendo assim, antes um instrumento de opressão que uma promessa de liberdade.
            A cidadania promovida e defendida por uma sociedade politicamente emancipada limita à liberdade da vida humana, nesta ser “cidadão” não é ser-lo verdadeiramente, mas apenas aparentemente no campo das leis.
           Em uma sociedade movida pelo capital, gestada por contradições, a efetivação de uma cidadania seria no mínimo incoerente, bem como o seu próprio conceito. Logo segundo Marx, a cidadania não deve ser reinventada, ou aperfeiçoada, mas sim superada, dando lugar a uma nova forma de sociabilidade, onde os homens seriam efetivamente livres, o trabalho assalariado seria substituído pelo trabalho associado, no qual o homem tem o domínio sobre seus instrumentos de trabalho, produzindo os bens necessários à subsistência coletiva e a divisão de classes e do trabalho se extinguiria. Desse modo o capital não teria mais nenhuma serventia, sendo assim extinto.
          De acordo como pensamento marxista, a passagem da sociedade capitalista para uma sociabilidade emancipada é uma possibilidade concreta, bem como ocorreu à transição do sistema feudal para o capitalista, pois a dinamicidade histórica é construída pelo próprio ser social, o mesmo que será capaz de realizar a transformação.
Priscila Morais

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