quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Sobre o Feminismo

Olá pessoal!


Bom, venho a esse espaço trazer a tona um tema que tem sido bastante evidenciado na mídia, nas redes sociais, nas escolas, universidades e nas rodas de amigos: o feminismo. Já falei sobre o movimento em um dos post do blog  em outrora, mas falei apenas perifericamente sobre os aspectos históricos e teóricos, dentro do entendimento de uma leitura que fazia naquela ocasião. Hoje, a razão que me fez abordar novamente essa temática foi um post em uma rede social, que particularmente, considerei no mínimo equivocado e infeliz. 

Esse é o post em questão:

 
 (Coloquei nesse tamanho pequeno propositalmente, porque nem vale a pena dar destaque a tamanha asneira).

Bom, a meu ver e diante do pouco que estudei e pesquisei sobre o movimento feminista, este surge lá em fins do século XVIII no auge da revolução industrial e se caracteriza principalmente por se tratar de um movimento social de base, ou seja, um movimento que, a princípio, tem como pauta central a luta das mulheres por igualdade de direitos (referentes a salários, jornada de trabalho e demais direitos nos limites dessa sociedade), no entanto, por se tratar de um movimento social de base, também tem como fundamento a luta por IGUALDADE SOCIAL.
No outro post no qual também tratamos sobre feminismo, falamos sobre algumas vertentes do movimento, vertentes essas, muitas vezes descoladas dos princípios norteadores que regem o movimento, desencadeando uma série de interpretações ecléticas e equivocadas, tais como a desse post (dessa pessoa ingênua ou desinformada). São pensamentos como estes, que na maioria das vezes, vem vulgarizando publicamente o movimento feminista e espalhando o entendimento de que o movimento existe exclusivamente para as mulheres, que feministas não gostam de homens, que feministas não se depilam, que feministas têm vários parceiros, etc. Esses pensamentos, claro, tornam o movimento mal visto, enfraquecem novas aderências e enfraquecem, sobretudo, a luta fundamental, pela qual, o movimento encontra sentido de existir: a IGUALDADE.
Excluir os homens do feminismo é uma incoerência teórica e prática, ora, se o movimento luta por IGUALDADE, EXCLUIR os homens dessa luta não faz sentido algum.
Dada à evidência do movimento na atualidade, nos veículos de comunicação em massa (e a internet contribuiu e contribui muito para isso), infelizmente o movimento e sua causa tendem a cair no relativismo e principalmente no modismo. Ser “feminista é legal” “as feministas são pessoas críticas” “o feminismo abriu minha mente” e blá blá blá... Qualquer pessoa pode ter senso crítico, basta estudar. Reproduzir o pensamento alheio ou se jogar em um movimento apenas com base em achismo, definitivamente não é ser uma consciência pensante. O feminismo não se resume a marcha das vadias, como muitos pensam, aliás, o feminismo não é mostrar os peitos e fazer panelaço, isso é uma espécie de afetação.
Para aderir ao movimento e se rotular feminista, como quase tudo na vida, é necessário estudar, ler sobre e o essencial, entender do que se trata. 


Priscila Morais

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